KM Total: 91,32
Metros subidos: 3.105 / descidos: 2.832
Tempo estimado: 5 a 15 horas
DESCRIÇÃO:
Esse é o dia mais longo e mais difícil de toda a CicloMantiqueira, um dia de leões! Mas, como é comum no mountain bike, quanto mais duro, mais bonito… O trajeto escolhido por nóps para conectar Itamonte a Maringá, vizinha de Visconde de Mauá, dá a volta ao Parque Nacional do Itatiaia. Uma sequência de bairros rurais literalmente esquecidos atrás das montanhas decoram a paisagem. É possível (e recomendável) dividir esse dia em duas ou até três etapas. No GUIA DE TRILHAS CICLOMANTIQUEIRA indicamos detalhadamente os melhores lugares para fazer pernoites intermediárias, em pousadas e vilas simpáticas e aconchegantes. Esse percurso passa por diversas atrações naturais de fama na região, como a Cachoeira da Fragária, o Rio Aiuruoca, a Pedra do Picu e o Pico da Pedra Selada. Um trecho em singletrack bom muita erosão, de quase cinco quilômetros de extensão, impede o trânsito de carros ou motocicletas e obriga o cicoturista a empurrar a bike quase todo o tempo – por isso, é bom viajar leve! O DIA 11 da CicloMantiqueira é um desafio, um prêmio e um grande exemplo da variedade de terreno e da beleza natural abundante na Serra da Mantiqueira.
Esporte praticado: MTB
Característica pessoal: Amador
Comentário: atenção na entrada do Single track após o km 17,48 da planilha. Siga a trilha mais batida, que faz uma curva forte para direita subindo. Siga a trilha mais marcada sempre. e boa sorte.....
Nota:
Esporte praticado: MTB
Característica pessoal: Amador
Comentário: Trajeto muito penoso para se fazer em um dia apenas. Nossos planos era dividir em dois, porém, resolvemos dividí-lo em três dias. O primeiro dia tem a grande subida após o Bairro Colina, e depois vem o grande teste, o Single Track. E é "O SINGLE TRACK", com letras maiúsculas! Foi minha primerira experiência em Single e foi fantástico! Recomendo a todos! Nos hospedamos na região da Fragária, que dispensa comentários pela beleza e pedal que proporciona. Segundo dia, outro trecho lindo e um pedal desafiador! E o derradeiro, corou o fim de nossa grande Jornada. Passando poelo Vale das Flores e chegando a Maringá.
Nota:
Esporte praticado: MTB
Característica pessoal: Amador
Comentário: Enquanto eu deitava para dormir no Hotel Fazenda Recanto dos Lagos, em Itamonte, minha ansiedade crescia junto com a intensidade dos pingos da chuva lá fora. Já era mais de dez da noite e a água caía... Meu medo era o singletrack, que localmente é conhecido como trilha da Fazenda Velha, que quando chove causa inevitáveis tombos e escorregões, mas também a distância que eu teria que percorrer nesse dia. Aí eu confesso, eu errei... Na ânsia de dividir o trajeto desse dia, eu superestimei minha capacidade... Ou então subestimei o singletrack... Talvez um pouco dos dois. Eu tinha reservado a pousada da Beth em Santo Antônio, então o total do dia seria 64 km. Ao pegar a rodovia, na saída, minha tensão atingiu o pico. O dia cinza, sem nem um vislumbre de sol ou qualquer coisa próxima disso... Pelo menos não chovia mais... Então começam as subidas... Até o bairro Colina elas são mais suaves, depois o trem piora de vez...! E a estrada piora também. Quando cheguei na estrada de acesso à pousada, tive uma pequena amostra do que viria... Ali, antes de começar o single, já começaram os escorregões, a estrada parece pouco usada, e portanto pouco assentada, e por estar molhada, já estava uma lama só...! Lama tipo cola e escorregadia... Então vi a placa da entrada da pousada Abrigo das Águas e pensei : Pra se hospedar nessa pousada, só de 4x4... Começou nesse ponto a trilha da Fazenda Velha, o martírio ! Sinceramente, não sou o rei do single, muito pelo contrário, mas posso dizer que conheço alguns.... Alguns bem ruins, outros, mais longos, alguns mais ou menos e alguns até bem bons... Uns em Mairiporã, uns em Alumínio, Santa Isabel, Gonçalves, Pouso Alegre, enfim, conheço um tanto por aí... Mas uma coisa eu posso dizer com convicção : esse foi o pior singletrack de todos os tempos pra mim. O pior, o mais longo, o mais difícil, o mais impedalável, o menos transitável, enfim. E pra arrematar, o que mais sobe também... Em seus 4.78 km essa trilha sobe a bagatela de 450 m, chegando a 1950 m. Parecia uma escalada, só que sem corda e ainda carregando a bike. Em certos lugares não dava pra empurrá-la ao lado, então eu tinha que empurrar por trás, tentando guiar a roda da frente, enfim, muito difícil. Isso sem contar a lama movediça que em certos lugares fazia minha perna afundar até o joelho... Os degraus de mais de um metro... Pedras monsters... Em outros lugares tive que carregar a bike... Quase no fim duas árvores caídas me fizeram rastejar para passar por baixo delas... A bike ? Tive que puxar... Ao ver perdidas pelo caminho várias ferraduras, imagino o que os pobres animais sofrem para percorrê-lo... Os inevitáveis escorregões aconteceram, mas tombo mesmo foi só um... O resumo da ópera : gastei mais de três horas pra andar esses 4,78 km... Quando cheguei no bairro Campo Redondo ainda faltava 30 km até Santo Antônio e já era quase 17h... O bom senso e o cansaço me fizeram parar... Após assuntar no bar, consegui um lugar para ficar, a casa que a D. Neiva aluga para turistas... Casa simples, como era de se esperar, mas com tudo o que eu precisava : banho, cama, cobertor (altitude de 1550 m, fazia frio praca !), a janta no restaurante da própria D. Neiva, e o café da manhã... Avisei a D. Beth que não conseguiria chegar em Sto. Antônio e finalmente consegui relaxar. No fim consegui percorrer apenas 35 km em 6 horas de pedal (!)... Uma curiosidade do bairro : Ninguém tem telefone, mas todo mundo tem internet e só usa o Skype ! No dia seguinte continuei a jornada, menos preocupado, apesar de ainda faltar 56 km até Maringá. Mesmo o Guilherme chamando esse dia todo de maratona alpina, eu confesso que, passado o single, não achei tão difícil assim. Também, a maior subida acumulada está justamente nos 30 km iniciais...Tanto que cheguei em Santo Antônio antes do meio-dia. Almocei na D. Beth, ótima comida caseira, e segui para a segunda etapa do dia, meu quarto de viagem... Santo Antônio e Mirantão são lugarejos bem simpáticos, com suas construções antigas e sua pequenez... Cheguei em Maringá lá pelas 16 h, bem feliz por ter cumprido esse dia tão longo, mesmo que dividido em dois. A recompensa foi uma truta ao pesto de azeitonas com nhoque ao som de Pat Metheny no restaurante Mauro Jr, Maringá, lado mineiro, é claro....! Kkkkkk
Nota:
Esporte praticado: Motocross
Característica pessoal: Amador
Comentário: Como iniciei a trilha em Maringá esta seria o minha última parte. E 80% dela já era minha conhecida, o mistério era o singletrack, uma grande "sacada" do Guilherme. Na verdade ele começa na referência 18,23 e à esquerda e não em frente como mostra a planilha. Cheguei num sítio que havia por perto e perguntei onde era a trilha que ia para a Pousada dos Lobos. Muito prontamente o morador mostrou-me o início e me falou que de cavalo ele demora duas horas, já que tinha chovido muito e tinha lama. Três km em duas horas ??? Em mais de uma hora de trilha e muito esforço percorri no máximo 500 m . O bom senso falou para não continuar. Ficou para a época do inverno este desafio. Voltei para BR e subi até a Garganta do Registro. Lá peguei a estrada que vai para parte alta do Parque Nacional de Itatiaia e também para a Pousada dos Lobos. Isto me acrescentou mais de 30 km no percurso. Na Pousada recomeço a planilha. Noto que a Pousada está interditada pela Copasa, por não atender as exigências de esgoto sanitário. Em plena semana santa não tinha um hóspede. O caminho indicado pela planilha era meu conhecido e fui me deliciando com o percurso, bem 4x4. Parei em Campo Redondo para almoçar fartamente, no "restaurante e bar" da Nívea. Até Santo Antônio do Rio do Grande a estrada é 4x4 e quase sem movimento. Chegar em Maringá num sábado de aleluia (03/04/2010) depois de percorrer mais de 500 km na serra da Mantiqueira foi muito bom, estava de alma e corpo lavado de vencer desafios. Agora o planejado é percorrer a outra parte da planilha do CicloMantiqueira, que é totalmente desconhecida para mim. se alguém se habilitar a ser meu companheiro estou na área. Parabéns Guilherme por me proporcionar estes cinco dias de trilhas!
Nota: